28/08/2013

Sabugueiro (Sambucus nigra L.)

Há algum tempo, detectei um sabugueiro no quintal que nasceu de alguma semente caída.
São conhecidas as suas propriedades medicinais desde a antiguidade. No entanto, após alguma investigação, fiquei surpreendida com o que descobri.
Existem várias espécies, mas a nativa na nossa região é o sabugueiro da espécie Sambucus nigra L.. Distribuí-se nas zona temperadas da Europa e América do Norte, existindo várias variedades regionais e sub-espécies. É uma árvore de pequeno porte com inúmeros usos medicinais. As flores brancas e as bagas de côr escura são as partes da planta que podem ser usadas em culinária e em utilização medicinal.

No entanto, as folhas, ramos, sementes e raízes das plantas deste género contêm um glicosido que origina cianeto após metabolismo, podendo acumular-se no organismo se ingerido em quantidade suficiente e provocar sinais de toxicidade.

Com as bagas maduras (pele e polpa) não existe esse problema. No entanto, recomenda-se a ingestão após cozedura, para maior segurança.
Já experimentei as bagas e têm um sabor excelente.

Sabugueiro (Sambucus nigra L.) - bagas

Sabugueiro (Sambucus nigra L.) - bagas

Sabugueiro (Sambucus nigra L.) - planta

26/08/2013

Repolhos danificados

Em Julho, os repolhos coração de boi estavam lindos. Passado um mês, estavam com este aspecto. Parece que a cabeça de alguns explodiu! E aconteceu em poucos dias!
Provavelmente a evolução normal da planta, juntamente com o calor exagerado e com a rega mais abundante para evitar que sequem, contribuiu para este desfecho. As couves não gostam de calor, nem de água a mais...

Mas nada se perde! Apanhei-os, tirei-lhes as folhas danificadas, cortei o resto em juliana e guardei em sacos próprios na arca congeladora. Assim, podem-se ir consumindo à medida das necessidades, sem estragar nada!

Repolhos coração de boi em Julho

Repolhos coração de boi danificados

Repolhos coração de boi danificados (pormenor)

23/08/2013

Flores de Verão

Nesta altura do ano, o jardim fica lindo!

Dálias
Canas índicas, estrelas do Egipto, pelargónios
Hortenses, agapantos
Petúnias à esquerda e ao centro
Murta, sempre-noivas, lobélia
Brincos de princesa, pelargónio, sempre-noivas

15/08/2013

"Capar" as abóboras

Não tenho por hábito fazer isto, mas este ano as abóboras também não se têm estado a desenvolver e numa tentativa de ter alguma colheita que dê para os gastos do Inverno, resolvi "capar" alguns caules que tinham abóboras a crescer. 
Na prática, o que fiz foi cortar a ponta do caule 2 ou 3 folhas a seguir à inserção do pé da abóbora, que se vê na primeira imagem.

Este procedimento, tem o objectivo de a planta concentrar toda a sua energia na formação do fruto e não na formação de novos caules e folhas.
Vamos ver se tenho sucesso.

Parece que as abóboras nascediças pelo quintal têm mais frutos e maiores do que as que plantei. Acho que isto se deve ao facto de estarem mais afastadas umas das outras. 

No próximo ano, já decidi que as vou distribuir pela horta e não fazer um canteiro único com elas.

Abóbora em desenvolvimento com a ponta do caule onde se insere cortada


"Capar" as abóboras (antes)

"Capar" as abóboras (depois)

Cucurbita pepo L. (courgette x Patty pan)

Quando se plantam abóboras, abobrinhas e courgettes próximo, é fácil que venham a ocorrer cruzamentos.
Neste caso, como faço compostagem, as sementes e restos de cascas utilizados na confecção dos alimentos, são deitados no monte. Na borda nasceu uma planta que pelo porte parecia uma courgette. Qual não é o meu espanto, quando começo a ver frutos compridos como as courgettes, mas brancos e com indentações longitudinais como as abobrinhas Pattypan!
Não sei que nome lhe dar...Courgepan ou Pattycourge?

A formação de híbridos entre variedades diferentes da mesma espécie de cucurbitácias pode ocorrer até uma distância entre as plantas de 500 metros ou mesmo mais, pois a polinização é efectuada pelas abelhas.
Neste caso a espécie é a Cucurbita pepo L. e as variedades courgette e abobrinha Pattypan ou Patisson. No ano passado estiveram plantadas em canteiros encostados...


Cucurbita pepo L. (courgette x Patty pan)

Cucurbita pepo L. (courgette x Patty pan)

01/08/2013

Beringelas e o pulgão

As beringelas também apanharam doença este ano. Há algumas semanas tudo parecia correr bem.

Beringelas à esquerda, repolhos coração de boi e nabos greleiros temporão especial (15 Junho)

No início de Julho detectei que as folhas estavam com pulgão na sua página inferior. No chão viam-se carreiros de formigas, que abundam desde que o clima mudou para a versão quente, há alguns anos...

Beringelas com pulgão (6 Julho)
Ora é conhecida a relação de simbiose existente entre estes seres, pelo tive que tomar medidas.
No ano passado tinha plantado cravos-da-índia à volta do canteiro, mas este ano, o alfobre deles não nasceu. Estas plantas, pelo seu cheiro desagradável afugentam os pulgões. Descobri ainda duas nascediças e mudei-as para o canteiro.

Pulverizei com insecticida dito natural, tendo o cuidado de atingir a página inferior das folhas, mas só depois vi nas letras miudinhas que tinha piretrina e outros componentes que me soaram a sintético e não natural.
O que é facto, é que passada uma semana já quase não havia pulgões, nem formigas. Mesmo assim, repeti a dose.

Beringelas com aspecto mais saudável e cheias de flôr (13 Julho)
Beringelas - aspecto geral do canteiro (13 Julho)
Uma semana depois, algumas folhas estavam secas. Fiquei desconfiada se não seria outra doença ou consequência do efeito dos pulgões nas folhas. Enfim, limpei as plantas cuidadosamente destas folhas secas.

Beringelas com folhas secas e em baixo vê-se um cravo-da-índia (20 Julho)
Beringelas com folhas secas (20 Julho)

E verifiquei que estavam cheias de frutos!!!!

Beringelas cheias de frutos (20 Julho)


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